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Santa Casa de Belo Horizonte.

Trezentos e cinquenta funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte entram em férias coletivas de 30 dias a partir desta segunda-feira (22), de acordo com o diretor de Finanças, Recursos Humanos e Relações Institucionais, Gonçalo Barbosa. A medida, segundo ele, vai gerar uma economia num momento de crise financeira e foi tomada após o fechamento de 430 leitos em março e abril.

“Esta medida é importante porque permite reduzir custos. A economia vem de imediato com vale-refeição e transporte. E quando voltar a operação plena, ainda tem a economia de não precisar contratar feristas. A estimativa de economia é de R$ 600 mil”, disse Barbosa. Atualmente, a Santa Casa tem 4,7 mil trabalhadores.

Do total de funcionários em férias coletivas, 140 são técnicos de enfermagem, o que representa cerca de 40%, segundo o hospital. Há também enfermeiros e médicos em menor escala, além de funcionários da área administrativa. Segundo Gonçalo, a qualidade da assistência não será comprometida porque, com a redução de leitos, há menos pacientes.

A dívida do governo é reconhecida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que cobrou do poder público um cronograma de pagamento. A data para receber esta previsão venceu no dia 14 deste mês, e a 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de Belo Horizonte pretende ingressar com uma ação civil pública.

O ofício encaminhado pelo promotor de Justiça Nélio Costa Dutra destacou que a Santa Casa é a maior prestadora de serviço hospitalar do estado e que há responsabilidade direta do governo em razão da falta de repasses financeiros.

Procurado pelo G1, o governo respondeu por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e informou que encaminha os recursos para o município que, por sua vez, define os valores que serão disponibilizados para cada instituição, incluindo, a Santa Casa.

“Informamos que a SES-MG está verificando e conferindo cada valor informado por Belo Horizonte, para que possa ter ciência do que realmente está pendente de pagamento”, afirmou em nota. Informou também que alguns valores não deveriam ser considerados pendentes pela prefeitura, pois se referem a resoluções publicadas e com prazo de até um ano para realizar o pagamento. A secretaria disse também que trabalha para regularizar a situação o quanto antes, considerando a disponibilidade financeira.

Embora o prazo já tenha vencido, a secretaria informou que só poderá divulgar o cronograma, após o mesmo ser protocolado no Ministério Público.

Foto (ACSC-BH); Santa Casa de Belo horizonte

Fechamento de leitos

De acordo com a Santa Casa de Belo Horizonte, em março e abril, foram fechados 430 de um total de 1.037 leitos para atendimento de cirurgias eletivas e de alta complexidade. No momento, estão sendo feitas somente internações nas quais o pleno atendimento do paciente esteja assegurado, com insumos, medicamentos e a infraestrutura necessária, conforme o diretor de Finanças, Recursos Humanos e Relações Institucionais, Gonçalo Barbosa.

“É um momento muito delicado. O estado tem dívida em atraso desde janeiro de 2015, totalizando cerca de R$ 21 milhões. Por questão de responsabilidade médica fechamos os cerca de 400 leitos. Não podemos colocar mais pacientes sem condições de tratá-los”, disse.

O diretor afirma que a área de clínica médica é mais afetada, mas o problema atinge até leitos no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). “Eram 170 leitos, que funcionaram durante a Copa do Mundo, dos quais 15 foram fechados. É o maior número de leitos de CTI em um único hospital no Brasil”, afirmou Gonçalo.

De acordo com Gonçalo, os serviços prestados ao SUS pela Santa Casa somam cerca de R$ 300 milhões ao ano e são custeados em 84% pela União, 10% pelo município e 6% pelo estado.

 

Fonte: G1 TV Globo Minas