Barbacena é umas das cidades mineiras que tem belos templos religiosos de diferentes épocas e estilos, e cada um deles tem o seu destaque na história e no cotidiano do município, a exemplo, temos a linda arquitetura da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte.

Para quem passa por ela quase todos os dias seja a caminho do trabalho ou a passeio, é quase que impossível não olhar para grandiosidade e riquezas de sua construção. Os elementos que compões a sua facha vão de encontro ao período áurea do ciclo do ouro em terras mineiras. Perceber os elementos que compõe a sua facha é um fascínio  á parte e de fácil percepção detectar as misturas de estilos, do rococó ao barroco, heranças das Minas Gerais do tempo do Brasil império, onde naquela época,  muitos destes templos eram construídos tendo a suas torres  “arredondadas’.

Quando começa a anoitecer  as belezas se multiplicam e o grandioso templo se mostra ainda mais imponente e se torna o principal destaque deste trecho da região central de Barbacena. Já imaginaram esta pequena colina de onde ele está localizado sem este patrimônio como seria? É claro que seria muito difícil de imaginarmos esta hipótese, tanto pelo lado natural, bem como, pelo olhar histórico e  religioso do qual  ele faz parte.

Sua construção foi iniciada em 1816, quando se optou em erguer uma nova igreja em substituição à primitiva capela. Em sua gigantesca porta de madeira encontra-se afixado o ano de 1815, uma referência ao ano em que foi elaborado o projeto para sua futura construção.  A Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte foi a responsável pela construção do templo. Assim, próximo à entrada, há uma capela lateral com a imagem de Nossa Senhora da Boa Morte e o estandarte da Irmandade.

No ano de 1991, foi criada a Paróquia de Nossa Senhora da Assunção, tendo este templo como Matriz paroquial, o que faz muitas pessoas confundir e achar que a igreja mudou de nome, o que na verdade aconteceu, foi que a igreja de Nossa Senhora da Boa Morte passou a sediar todas as decisões relativas a Paróquia, como por exemplo, o escritório paroquial, que antes da criação da paróquia tudo ou quase tudo era resolvido na sede ao qual pertencia a igreja que era vinculada a Paróquia de Nossa Senhora da Piedade. É como se a igreja fosse um distrito que passou a se emancipar, tomando pra si, todas as sua decisões.

Fotografia: Januário Basílio