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O surto de febre amarela em Minas Gerais, aliado ao período de férias, afeta os estoques de sangue nos hemocentros do estado. De acordo com a Fundação Hemominas, na última semana, houve uma queda de 50% no número de doações de todos os grupos sanguíneos.

Em casos graves da doença, a transfusão de sangue é necessária. Além disso, quem passou por áreas críticas ou tomou a vacina fica um mês impedido de doar. Por isso, de acordo com o hemocentro, o número de doações caiu principalmente nas áreas de risco de febre amarela, como no Leste de Minas.

“O fato de a pessoa ter a doença impede que ela doe por seis meses e o fato de ter estado em uma região de risco impede por um mês. Então, com isso, a gente está com este aperto”, disse a gerente do Hemominas, Heloísa Gontijo.

O estoque dos tipos negativos está 60% abaixo do ideal, principalmente o tipo O negativo, que é compatível com qualquer outro.

Para atenuar o problema, a Fundação Hemoninas adotou um plano que integra os hemocentros no estado, realizando o envio de bolsas de sangue para as regiões com maior demanda. Dessa forma, o sangue coletado em Belo Horizonte, por exemplo, pode ser enviado para cidades da região Leste, onde há surto de febre amarela. Em Minas, 38 pessoas morreram por causa da doença, segundo a Secretaria de Estado de Saúde.

“A gente precisa de ter doador de sangue todos os dias, quer dizer, não adianta a gente ter duas mil, uma campanha imensa num dia, e não fazer no dia seguinte e no outro. Para doar sangue é preciso que a pessoa tenha ou esteja com boa saúde. Não esteja gripado, com uma infecção de garganta, nada disso, pese acima de 50 quilos, não tenha tido hepatite após os 11 anos de idade, tenha dormido bem na noite anterior à doação”, disse. É preciso procurar uma unidade da Hemominas com documento de identidade.

“É bom olhar o lado do outro. A gente nunca sabe se amanhã vai ser você que vai estar precisando”, disse o militar Washington Pere, que doa sangue há 15 anos.

Veja as orientação da Fundação Hemoninas sobre doação de sangue.

 

Surto de febre amarela

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou nesta terça-feira (24) 38 mortes por febre amarela. Estes óbitos estão entre as 83 mortes suspeitas da doença, conforme a SES. O governo do estado já considera este o pior surto da doença já registrado em Minas Gerais.

Os casos notificados em Minas Gerais são 393, desses, 67 já foram confirmados. O número de mortes e casos confirmados aumentou em relação ao boletim desta segunda-feira (23), quando a secretaria registrava 32 mortes e 55 casos.

De acordo com a SES, os casos confirmados já passaram por exame laboratorial detectável para febre amarela; exame laboratorial não detectável para dengue; histórico vacinal (não vacinado/vacinação ignorada); sinais e sintomas compatíveis com a definição de caso; e exames complementares que caracterizam disfunção renal/hepática.

Ainda segundo a secretaria, as mortes confirmadas estão relacionadas às cidades dos vales do Rio Doce e do Mucuri: Ladainha (10), Ipanema (4), Teófilo Otoni (5), Itambacuri (3), Piedade de Caratinga (2), Malacacheta (2), Imbé de Minas (2), São Sebastião do Maranhão (2), Poté (2), Conceição de Ipanema (1), Setubinha (1), José Raydan (1), Ubaporanga (1).

A 37ª e a 38ª mortes estão relacionadas às cidades de Januária, no Norte do estado, e Definópolis, no Sul. A SES ainda investiga os locais de contágio nos dois casos. No óbito relacionado a Januária, a vítima morreu em Brasília, conforme a secretaria.

Existe também um óbito confirmado de uma pessoa que contraiu a doença em Minas Gerais, na Regional de Teófilo Otoni, e morreu em São Paulo. A secretaria afirma que a morte está entre as 32 confirmadas.

Fonte: G1 Globo Minas