Polícia Civil elucida assassinato de líder comunitária em Conselheiro Lafaiete
Na última segunda-feira (7) foi preso, no estado de São Paulo, J.L.S, suspeito do homicídio de Matilde da Silva Cruz. A vítima estava desaparecida desde o dia 18 de setembro e partes do corpo foram encontradas no dia 4 de novembro, em Conselheiro Lafaiete.
O investigado confessou a autoria do crime e detalhou à polícia ter asfixiado a vítima após uma discussão relacionada à aquisição de um terreno, posteriormente escondendo o corpo.
A Polícia Civil passou a investigar o caso desde a notícia do desaparecimento de Matilde, sendo realizadas diversas diligências, entre buscas, perícias, oitivas, especialmente no intuito de apurar eventual conduta criminosa.
As apurações iniciais, contudo, não eram suficientes à comprovação de crime envolvendo a desaparecida. Entre os dias 30 e 31 de outubro, surgiram testemunhos informando que a vítima foi vista no veículo do suspeito na data do desaparecimento, e que Matilde estaria em local ermo, muito nervosa, pedindo socorro.
Diante das provas colhidas, e mesmo antes da localização do corpo da vítima, a Polícia Civil representou, no dia 1º de novembro, pela prisão temporária de J.L.S.
Conforme informações da delegada Fabiana Flávia Leijõto, que coordenou os trabalhos, enquanto a Polícia Civil aguardava manifestação judicial, no dia 4 de novembro, familiares da vítima localizaram fragmentos de possível ossada humana nas imediações do local onde a desaparecida foi vista por testemunhas e em companhia do investigado pela última vez. “A Polícia Civil foi acionada, comparecendo ao local, onde foram realizados os trabalhos periciais e o corpo encaminhado ao Posto Médico Legal, que constatou se tratar da desaparecida”, informou a delegada.
A prisão temporária foi decretada pela Justiça no dia 7 de novembro, e o investigado foi preso com apoio da Polícia Civil de São Paulo, onde estava escondido. No dia seguinte, o preso foi conduzido para a Delegacia de Conselheiro Lafaiete.
Os exames periciais e o Inquérito Policial serão concluídos nos próximos dias. O investigado será indiciado pelo crime de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e com emprego de asfixia.
As diligências foram mantidas em sigilo durante o curso das investigações visando não prejudicar os trabalhos de Polícia Judiciária.
O crime
Segundo a delegada, Dra. Fabiana Leijôto o suspeito confessou o crime e Tidinha foi morta no dia do seu desaparecimento após uma discussão com José Luiz por conta da venda de um terreno. O acusado alegou que comprou um terreno de Tidinha, porém os filhos da mulher não concordaram com a negociação. Sendo assim, Tidinha queria reaver o terreno. Durante a discussão José Luiz parou o carro na estrada de Água Limpa e asfixiou a líder comunitária. Em seguida, ele carregou e jogou o corpo em um terreno nas imediações onde o carro estava estacionado e cobriu com terra. Os familiares de Tidinha localizaram o corpo no dia 04/11, no mesmo local. “José Luiz era tratado como parte da família de Matilde”, disse a delegada.
Fontes: Assessoria de Imprensa PCMG/13° Departamento/Barbacena
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