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TRUMP E O CLIMA NO PLANETA

A Conferência da ONU sobre Mudanças do Clima, COP 22, está sendo realizada em Marrakech, no Marrocos. A delegação brasileira foi presidida pelo Embaixador Jose Antônio Marcondes de Carvalho e teve entre os seus participantes o meu amigo José Carlos Carvalho (foto), ex-ministro do Meio Ambiente de FHC, de quem transcrevo as seguintes opiniões: “a COP 22 ocorre num clima de incertezas provocado pela eleição de Trump, nos EUA, diante das reiteradas posições retrógradas do candidato eleito sobre o tema. Todavia, essa Conferência não pode perder o foco do seu objetivo principal: definir os meios de implementação do Acordo de Paris, para evitar que sua boa intenção termine numa frustração retumbante. Se não for encontrada uma boa solução agora, a natureza o fará por conta própria. Por isso, é importante reafirmar o mote dessa COP: Agir e agir sem demora!”

“Não se trai uma promessa de esperança”. Com essa frase, durante o pronunciamento que fez na Conferência, o presidente da França, Francois Hollande, resumiu as expectativas da comunidade internacional sobre as incertezas geradas pela eleição de Trump à presidência dos EUA, em relação ao cumprimento do Acordo de Paris sobre as Mudanças Climáticas”, afirmou o Dr. José Carlos, que ainda observou: “para mim, se o presidente americano eleito confirmar suas intenções, declaradas durante a campanha, poderemos correr o risco de um efeito em cascata, porque a decisão de Trump servirá de pretexto para que países como China e Índia, grandes emissores de GEF, além de outros, possam alterar suas NDC ou mesmo postergar seus compromissos.”

Completou o ex-ministro: “durante minhas intervenções na primeira fase da Conferência chamei a atenção para esse ponto e realcei a necessidade de uma nova economia, destacando que os fundamentos da economia clássica e neoclássica, ao não valorar os ativos ambientais e não considerar os custos da degradação do meio ambiente, inviabiliza que a sustentabilidade se estabeleça como paradigma de um novo modelo de desenvolvimento. Sem mudanças da matriz econômica, notadamente da indústria, energia e agricultura, não será possível implantar os novos paradigmas da prosperidade. Nesse contexto, a única mudança certa continuará sendo a mudança do clima. Retorno ao Brasil confiando no bom senso das lideranças mundiais e num posicionamento mais amigável do novo governo americano. Enfim, esperemos que nossas esperanças não sejam traídas!” Concluiu o amigo Dr. José Carlos. E ponto final!

 

José Augusto Penna Naves, é Professor Universitário e Cientista Politico.

Foto: Divulgação/Internet