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Cidade de devoção e fé, Congonhas possui uma das festas religiosas mais tradicionais do Brasil: o Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Para celebrar os 260 anos da origem da devoção ao Senhor Bom Jesus, a Secretaria Municipal de Educação desenvolveu o projeto “Jubileu da Educação: Fé, Feira e Festa”, que contou com a participação das 32 escolas da rede municipal. O som das violas, a fé e devoção, o vai e vem de pessoas e a comercialização de produtos artesanais e gastronômicos tomaram conta da Praça JK, na manhã deste sábado, 18, em uma representação fiel do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos.

De março a novembro deste ano, as instituições de ensino do Município desenvolveram ações para resgatar os aspectos culturais e históricos do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. O resultado pode ser visto durante as apresentações de música e teatro e nos trabalhos artísticos que ficaram expostos ao público.

Os alunos se caracterizaram para representar figuras conhecidas da festa, como os romeiros, as ciganas e os líderes religiosos. A estudante e membro do grêmio estudantil da E.M. José Monteiro de Castro, Ana Beatriz Santos, 12 anos, foi uma das romeiras do grupo que homenageou os Romeiros de Carmópolis. Para ela, o projeto foi uma boa experiência. “Aprendemos muito sobre o Jubileu. Fomos ao Museu de Congonhas e aprendemos sobre os Romeiros de Carmópolis. Eles começaram em um grupo pequeno, com 17 romeiros, e a gora são 172. Eles caminham 172 km para pagar uma promessa”, conta.

Quem também se caracterizou para retratar a devoção dos fiéis foi o aluno da E.M. Dona Caetana Pereira Trindade, João Vitor Resende, 13 anos. Ele explica: “Estamos representando os povos antigos que vinham para o Jubileu pagar promessas. As pessoas acreditavam muito e vinham de muitos lugares, até mesmo a pé”.

A Roda de Violeiros não ficou de fora: não foram só os alunos que tocaram e animaram o Jubileu da Educação com músicas tradicionais, os músicos que se apresentam todo ano durante o Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos também compareceram. Figura presente há anos no Jubileu de Congonhas, o violeiro Cizinho Pereira de Oliveira elogiou a iniciativa: “Agradeço aos profissionais que fizeram essa festa maravilhosa. É um orgulho para nós vermos essas crianças presentes, fazendo apresentações. É um momento muito criativo e fortalece a cultura brasileira”.

Moradora da Basílica, Juvenice Valéria Araújo, acompanhou a filha Júlia Emanuele, que estuda na E.M. Fortunata de Freitas Junqueira. “É um trabalho muito bom, pois os alunos interagem. Também desperta o interesse pela cultura e literatura. Está bem fiel ao Jubileu. E essa festa está sendo resgatada pelos alunos”, destaca.

Valor pedagógico

A secretária municipal de Educação, Maria Aparecida Resende, explica que um dos temas transversais do currículo escolar é a Educação Patrimonial. “Pudemos trabalhar a importância do Jubileu para Congonhas, seja no aspecto religioso, econômico, social e cultural. Existem pessoas de longe e de outras cidades que esperam essa festa todo ano e as pessoas daqui também têm a mesma expectativa. Tivemos o cuidado de trabalhar essa questão respeitando as diversidades religiosas. Ao fazer esse projeto nas escolas, também queríamos que ele atingisse a população, uma das razões para fazermos esse evento na Praça JK”, completa.

A E.M. Dona Maria Castanheira, do Campinho, abordou a história da Santa Cruz, que foi confeccionada pelos alunos. A supervisora Antonela Arges explica que essa é uma tradição da comunidade. “Todas as turmas participaram da confecção. Todas elas tiveram palestras sobre a Santa Cruz. Foi bom porque os alunos aprimoraram a habilidade manual e adquiriram conhecimento”, diz.

As professoras da E.M. Dr. Antônio Moreira de Souza, do Pequeri, Adriana Aparecida Mendes e Vânia Maria de Resende contam que o Jubileu da Educação “Foi um projeto muito rico e importante para desenvolver a parte cultural com os alunos. Os estudantes tiveram muito interesse a participação, ficaram bem envolvidos no trabalho”.

Fonte: Prefeitura de Congonhas.