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Militares do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros, envolvidos no desgastante combate as chamas numa mata no Bairro Dom Pedro I, em São José da Lapa, Região Metropolitana de Belo Horizonte, não podiam imaginar que no começo da noite desta sexta-feira seriam recompensados. Mesmo cansados, a guarnição dos sargentos Alcântara e Martins, e soldados Heverton e Rodrigues, decidiram monitorar se o fogo seria retomado e ameaçaria imóveis. Só que, nesse momento, um novo chamado surgiu, para salvar a vida de um recém-nascido abandonado na mata em um local vizinho.

“Não tenho dúvidas de que foi um sinal divino, quando decidimos esperar um pouco mais. Estávamos parados na Rua 21, quando o tenente chamou no rádio dizendo que na Rua 37 moradores disseram que ouviam o choro de uma criança na mata. Fomos de imediato para lá”, explicou o sargento Helbert Antônio de Alcântara, há 24 anos na corporação e pai de duas adolescentes de 15 e 17 anos.

“Quando chegamos, uma moradora já tinha entrado na mata e veio com a criança com o cordão umbilical exposto, enrolada numa manta. Vimos que era um menino, que demonstrava estar bem, e então realizamos os procedimentos básicos, tampando o cordão umbilical. Depois o levamos para a Unidade de Pronto-Atendimento da cidade, onde o médico do plantão e enfermeiras realizaram os primeiros cuidados”, contou o militar.

Segundo o sargento, a caminho de uma maternidade em Vespasiano, receberam informações via rádio de que não havia condições de atender a criança. Os militares então foram direto para o Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, onde a criança foi internada na maternidade. “A princípio parece que não tem qualquer problema de saúde. É um menino forte e esperto”, completou Alcântara.

Segundo o militar, todos de sua guarnição ficaram emocionados, sem entender como uma mãe pode abandonar um filho numa mata, em que há animais selvagens e até o risco de incêndio. O sargento contou que um dos colegas, o soldado Heverton Faria, bastante emocionado, disse que vai tentar adotar a criança. Ele e a esposa tem um filho de 6 anos. Já Helbert, disse ter vivido a emoção de realizar dois partos como bombeiros, mas não passou pela cabeça adotar o recém-nascido, já que é separado e tem que cuidar de suas filhas.

Fonte: Jornal Estado de Minas.