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Congonhas inicia programação da Semana de Valorização do Patrimônio

O som do congado subiu a Ladeira Bom Jesus, festejando e enaltecendo as riquezas de Congonhas. Passando pelas pedras irregulares, congonhenses ouviram, atentos, às memórias que atravessam esse caminho tricentenário. Artistas locais apresentaram seus talentos na escrita, no teatro, na música. E foi assim que começou, nessa segunda-feira, 19, a Semana Municipal de Valorização do Patrimônio, reunindo o público em um dos percursos mais importantes de Congonhas; local onde nossa história começou a ser construída pelo ouro, pela fé e pela devoção.

A solenidade de abertura contou com a presença do Prefeito de Congonhas Zelinho; da vereadora e autora da Lei nº 3782/2018, que instituiu a Semana Municipal de Valorização do Patrimônio Histórico e Cultural de Congonhas, Patrícia Fernandes Monteiro; e das secretárias de Educação e de Cultura, Maria Aparecida Resende e Míriam Palhares.

O público foi convidado a caminhar pela Ladeira Bom Jesus, ouvindo curiosidades sobre o local, apresentadas pelo historiador André Candreva. Intervenções culturais foram realizadas em cada ponto do trajeto, com participação do Grupo de Congado Marujo de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia, de alunos do Arte na Escola da Secretaria de Educação, do Grupo Teatral Dez Pras Oito, músicos, entre outros.

Segundo o historiador André Candreva, Congonhas surge a partir dos interesses dos desbravadores em buscar o ouro, durante o período colonial. “Este caminho que chamamos de Ladeira Bom Jesus, era um caminho de ligação da Estrada Real, entre o distrito do Redondo, hoje Alto Maranhão, e o distrito das Congonhas do Campo, que era o nome da cidade, atravessando o Rio das Congonhas, hoje Rio Maranhão, chegando ao alto da colina da Igreja N. Sra. da Conceição e rumando em direção à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Eles rumavam sentido Serra do Deus te Livre até chegar em Vila Rica (Ouro Preto) e Vila do Carmo (Mariana). Então, essa ladeira era usada pelos tropeiros, até que um dia chega entre nós Feliciano Mendes, que plantou aqui a devoção ao Senhor Bom Jesus”, contou.

O prefeito Zelinho destacou a história do antigo Hotel Iorc, construído em 1917. O casarão recebeu, na década de 20, os modernistas, com destaque para o escritor Oswald de Andrade. Também ressaltou a importância da Educação Patrimonial – tema trabalhado nas escolas da rede municipal – para que os alunos conheçam o patrimônio da cidade.

O Chefe do Executivo anunciou, ainda, uma grande novidade: “Existe a possibilidade de desapropriarmos o Hotel do Jucão. Estamos fazendo o levantamento dos valores para reformar aquele prédio e destiná-lo às culturas populares. Nós vamos começar, depois do Jubileu, reformar a Praça Portugal e as escadarias. E estamos analisando essa desapropriação. Se for viável, será um espaço para as culturas populares, como Congado, Folia de Reis”.

.Já a secretária de Cultura Míriam Palhares, pontuou que eventos como este movimentam a área histórica da cidade: “É com muita alegria que nós estamos ao pé da Ladeira para comemorar e valorizar nosso patrimônio. Esta Ladeira tão maravilhosa, que acho que nós precisamos explorar mais. Sabemos a satisfação das pessoas que moram aqui quando fazemos um evento”.

Programação cultural

Até o dia 23, uma programação diversa vai movimentar a cidade. Nesta terça-feira, 20, serão realizadas visitas guiadas à Basílica e ao ateliê do escultor Luciomar Sebastião de Jesus, uma oficina sobre técnicas e processos de restauro de elementos artísticos e uma Missa na Matriz N. Sra. da Conceição, em homenagem a Dom Silvério. Acesse a programação completa aqui. O evento é promovido pelas secretarias de Cultura e de Educação.

Fonte: Prefeitura de Congonhas.

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