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Encontro em Congonhas debateu racismo e saúde da população negra

O debate sobre a saúde da população negra extrapola a noção de bem-estar e envolve, principalmente, questões de acesso ao sistema de saúde e de atendimento médico. Para discutir sobre esse assunto – que também é reflexo do racismo -, foi realizada, na noite dessa quarta-feira, 28, na Câmara Municipal, uma roda de conversa com a cientista política e coordenadora da Associação de Pessoas com Doença Falciforme (DREMINAS), Maria Zenó.

O encontro faz parte da programação do Mês da Consciência Negra, que termina neste domingo, 2 de dezembro, às 8h, no Ginásio Poliesportivo Jurandir Matias dos Reis (Alvorada), com o Seminário de Direitos humanos, combate à violência e segurança pública.

O Mês da Consciência Negra, que tem apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social (SEDAS), e de outros parceiros, é realizado pelo Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIR), Diretório Regional de Congado Folias de Reis e Pastorinhas de Congonhas e Região (DRCFPCR) e União das Associações Comunitárias de Congonhas (UNACCON).

Segundo Maria Zenó, em Minas Gerais são 7 mil pessoas que têm a doença falciforme. “Existem doenças que são prevalentes da população negra. Nosso intuito, além de levar informação, é combater e enfrentar o racismo. Esse momento é importante para darmos visibilidade às doenças negligenciadas pelo sistema de saúde. Assim conseguimos fomentar mais políticas públicas que insira essas pessoas na sociedade. Elas são excluídas devido o racismo e à falta de conhecimento dos profissionais”, diz, dando ênfase à doença falciforme, que, apesar de incidente em toda a sociedade, se torna mais grave na população negra.

 

Mês da Consciência Negra

Já foram realizadas diversas ações, como rodas de capoeira e encontro de Folias. Também aconteceram, dentro da programação, o II Seminário de Mobilidade Urbana e Acessibilidade e a II Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Segundo o diretor da Casa de Promoção da Igualdade Racial, Francisco Assis, a meta é tornar a celebração do Mês da Consciência Negra cada vez mais regional. Atualmente, já estão envolvidas, além de Congonhas, Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco. Outro projeto é a realização do Primeiro Festival de Cultura e Arte (FACAN). “Essa luta é por reparação histórica. Tentaram exterminar o povo negro, e não conseguiram. Ainda existe uma ideia de que todo brasileiro é igual, mas não é verdade. O problema é econômico, político e social. O racismo no Brasil é muito forte e camuflado. Essa luta é para mostrar que existe um país maravilhoso, mas que é desigual”, destacou.

O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, refere-se ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, um dos principais líderes negros que lutou contra o sistema escravagista e se tornou figura importante para a história brasileira.

Fonte: Prefeitura de Congonhas.