Net Rosas Banner Grande
Collegiati – Construtora
BQHost Banner Grande
Vertentes das Gerais – Banner – Noticia
Banner grande BQHost 2

Mineração foi tema de trabalhos desenvolvidos nas escolas  de Congonhas

O minério de ferro é a principal fonte econômica de Congonhas.  A importância e os impactos positivos e negativos dessa atividade foram abordados nas instituições de ensino da rede municipal, por meio do projeto “Mineração em Congonhas”. O resultado desse trabalho, realizado com os alunos ao longo do primeiro semestre, foi apresentado à comunidade na manhã deste sábado, 6, na Praça JK, durante a Feira da Agenda 21 Escolar. A ação foi promovida pela Secretaria de Educação e teve apoio da Ferrous e da CSN.

Quem passou pela região central, se deparou com stands que exibiam o produto final dessa ação pedagógica, que contemplou palestras, oficinas, teatros e produções textuais. A Praça JK se tornou, ainda, palco para diversas atrações culturais apresentadas pelos estudantes.

Participaram as escolas municipais Dona Caetana Pereira Trindade, João Narciso, Dom João Muniz, Odorico Martinho da Silva, Rosália Andrade da Glória, José Monteiro de Castro, Fortunata de Freitas Junqueira, Jair Elias, Judith Augusta e Michael Pereira de Souza. As demais, realizaram atividades nos prédios próprios.

A secretária de Educação, Maria Aparecida Resende, destacou que o tema do projeto tem a ver com a realidade da população como um todo, mas principalmente dos alunos. “Nós não estamos contra a mineração. Vocês verão a importância que a mineração tem para Congonhas, para o país, para o mundo, dentro de seu produto final. Vai muito além da oferta de emprego. Devido ao que aconteceu em Mariana e Brumadinho, as crianças, os jovens e adultos ficaram à mercê dessa insegurança”, pontuou, parabenizando os professores pelas ações desenvolvidas.

A coordenadora do Grupo de Referência em Educação Ambiental (GEREA), Andrea Cristina, explicou que a iniciativa do projeto partiu de angústias e questionamentos levados pelos alunos à sala de aula após as tragédias de Mariana e Brumadinho. “Congonhas precisa da mineração, mas é preciso que seja uma mineração responsável. É isso que queremos levar aos nossos alunos, que nosso papel, enquanto cidadãos, é consumir de forma consciente para minimizar esses efeitos da mineração e cobrar das mineradoras uma atitude responsável”, completou.

 

A mineração na Cidade dos Profetas

O “Mineração em Congonhas”, assim como outros projetos já desenvolvidos nas escolas municipais, busca a pesquisa e o compartilhamento de informações com toda a sociedade, tornando os alunos cidadãos críticos e participativos. O trabalho abordou os seguintes temas: história da mineração em Congonhas; legislação; exploração; processo de beneficiamento; logística e produtos; importância socioeconômica; impactos socioambientais: bióticos (fauna e flora); impactos socioambientais: abióticos (ar, água, solo); barragens; e consumo e sustentabilidade.

A Escola Municipal Judith Augusta, que fica próxima à região onde está localizada a Barragem de Casa de Pedra, apresentou os tipos depósitos de rejeitos que existem em Congonhas: a jusante e a montante. Durante as atividades, os alunos visitaram a CSN e aprenderam sobre a construção da barragem e como é feito o monitoramento diário da estrutura.

Para as professoras Cíntia Alexandre e Lisley Pedra, o trabalho ajudou a tranquilizar a comunidade escolar: “Quando ouvimos os alunos falarem sobre os tipos de barragem, percebemos que eles estão passando a informação com segurança, e não com medo. A primeira abordagem foi de muito susto, mas, hoje, com o conhecimento que adquiriram nesse processo todo, eles estão mais seguros em relação à barragem. Esse projeto veio para amenizar e acalmar a comunidade escolar. Na nossa visita técnica, eles tinham medo de chegar perto da barragem. Eles viram que a estrutura é bem compactada, que está bem mais seca… Tiveram outra visão. De certa forma, ficaram um pouco mais tranquilos, o objetivo foi atingido”.

“A barragem é uma das mais seguras porque ela é a jusante. É terra sobre terra. Não é igual a montante, que é feita em cima do rejeito. A de Congonhas é mais segura. Eu achava que a mineração era feita em uma mina fechada, mas é a céu aberto. Eu achava que eles trabalhavam com picaretas, mas tem máquinas”, contou o estudante da E.M. Judith Augusta, Gabriel Ribeiro, 12 anos, que visitou a mina e a barragem da CSN.

Fonte: Prefeitura de Congonhas.

Leia também:

ETAPA REGIONAL DO JEMG 2019 REÚNE CERCA DE 10 MIL ESTUDANTES-ATLETAS