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Polícia Civil anuncia seis prisões por quatro crimes após tiroteio em Juiz de Fora.

Quatro policiais de SP e dois feridos internados em hospital vão responder por homicídio, tentativa de estelionato por conta de cerca de R$ 15 milhões em notas na maioria falsas, lavagem de dinheiro e prevaricação. Caso segue em apuração.

 

Seis envolvidos na ocorrência referente ao tiroteio no estacionamento do prédio anexo de um hospital particular em Juiz de Fora nesta sexta (19) vão responder por homicídio, tentativa de estelionato com cerca de R$ 15 milhões – a maior parte falsificado -, lavagem de dinheiro e prevaricação.

Na ocorrência, um policial civil de Juiz de Fora morreu e outras duas pessoas ficaram feridas e seguem internadas no Hospital de Monte Sinai. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

Algumas das informações sobre a conclusão do auto de prisão em flagrante na Delegacia de Plantão em Santa Terezinha foram repassadas em pronunciamento de integrantes da Polícia Civil de Minas Gerais na tarde deste sábado (20). Na ocasião, os advogados de defesa não quiseram se manifestar sobre o caso.

“Quatro policiais civis do Estado de São Paulo vão responder por lavagem de dinheiro. Um dos autores que está no hospital em estado grave, está sendo autuado pelo crime de homicídio consumado. O outro, que também estava na cena do crime, é o proprietário do dinheiro, [responde] pelo estelionato tentado”, informou Carlos Capistrano, Superintendente de Investigação de Polícia Judiciária.

“Todos chegamos a esta conclusão [sobre as prisões] após analisar diversas imagens e com os depoimentos de todos os envolvidos. Os cinco policiais de São Paulo foram liberados porque se apresentaram e não estavam na cena do crime. Mais detalhes só poderão ser passados futuramente para não prejudicar as investigações”, completou o chefe do 4º Departamento de Polícia Civil, Carlos Roberto da Silveira.

De acordo com Capistrano e Silveira, outros três policiais civis de Minas Gerais foram autuados pelo crime de prevaricação. Segundo o artigo de 319 do Código Penal, “retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”. A pena é detenção, de três meses a um ano, e multa. Eles respondem em liberdade.

De acordo com a Polícia Civil, 14 pessoas estão envolvidas no caso. Além dos oito liberados, também está sob investigação um empresário de São Paulo, que estaria acompanhado dos policiais paulistas e teria deixado a cidade durante a ocorrência.

O G1 apurou que os dois delegados e dois investigadores de São Paulo que tiveram as prisões ratificadas deverão passar pela audiência de custódia. Em seguida, podem ser encaminhados para a Casa de Custódia do Policial Civil, em Belo Horizonte. Os dois internados estão sob escolta policial, se tiverem alta, serão encaminhados para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp).

Capistrano também explicou que aguardam os laudos periciais e de necropsia para dar uma “resposta melhor, face a complexidade deste assunto”.

Integrantes da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo chegaram à Delegacia na manhã deste sábado (20) para acompanhar as apurações. “O delegado divisionário da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo está em Juiz de Fora em contato constante com a Polícia Judiciária mineira para auxiliar pessoalmente nas investigações, a fim de apurar todas as circunstâncias do caso. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) ressalta que não compactua com desvios de conduta de seus agentes e, caso haja alguma irregularidade, os envolvidos serão responsabilizados”, explicou o setor em nota à imprensa.

 

Dinheiro falso seria para golpe, diz Polícia Civil

Foto: Augusto Medeiros/TV Integração JF.

O chefe do 4º Departamento de Polícia Civil, Carlos Roberto da Silveira, contou que os dois feridos internados não são policiais. Ele explicou que o paciente que foi operado no pé seria o dono dos cerca de R$ 15 milhões – sendo que cerca de R$ 1.500 eram verdadeiros – e tentaria aplicar um golpe.

“O dono do dinheiro falso, uma falsificação grosseira, era um estelionatário, já foi preso anteriormente. Ele iria praticar o crime de estelionato, não conseguiu porque foi impedido. O alvo seria o tal empresário que iria receber o dinheiro”, disse Silveira.

Mais cedo, o MGTV apurou que alguns dos policiais de São Paulo afirmaram ter sido contratados para fazer a escolta de um empresário do setor de ramo de segurança de São Paulo sem saber de fato o que ele veio fazer na cidade. A identidade do suposto empresário não foi divulgada, a Polícia investiga relatos de que ele teria deixado Juiz de Fora em um jatinho.

O G1 entrou em contato com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (Sedettur) da Prefeitura questionando se houve alguma decolagem particular no Aeroporto da Serrinha após o registro da ocorrência no estacionamento do hospital.

“A AMD Services, empresa que administra do Aeroporto Francisco Álvares de Assis (Serrinha), colabora com as investigações e passou para a polícia todas as informações relativas a pousos e decolagens realizadas no aeroporto na última sexta-feira (19)”, explicou em nota neste sábado.

 

Feridos

Segundo a assessoria do Hospital Monte Sinai, os dois internados foram operados no Hospital. Um dos pacientes passou por cirurgia na sexta, está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), apresentou piora neste sábado. O quadro é grave e instável.

O outro passou por cirurgia no pé, segue internado na enfermaria. Não há previsão de alta. Por questão de sigilo, o hospital não divulgou o nome dos feridos.

 

Tiroteio no subsolo do estacionamento

De acordo com o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), as equipes foram acionadas após informações de um tiroteio no estacionamento no subsolo do prédio anexo do Hospital Monte Sinai por volta de 16h. No local, a PM encontrou o investigador Rodrigo Francisco morto. Segundo informações de funcionários, outras duas pessoas ficaram feridas e foram socorridas no mesmo hospital. O registro da PM enumera ainda que outros dois carros foram danificados pelos disparos.

Durante o registro da ocorrência, houve uma confusão na viatura da Polícia Civil de Juiz de Fora porque alguns dos agentes de São Paulo não queriam entregar as armas.

Segundo a Polícia Civil, quatro deles fugiram após a ocorrência no hospital. Eles foram capturados no início da noite em um carro branco, descaracterizado.

Na ocorrência consta que foram apreendidas 16 anos, 16 celulares, colete contra arma de fogo de uso restrito, distintivo de delegado da Polícia Civil e cartuchos. Um cartão bancário e uma carteira de habilitação em nome de outras pessoas foram encontradas do lado externo da inspetoria perto da janela onde estavam os policiais de São Paulo.

Também consta na ocorrência que as imagens do sistema de vigilância dos portões das entradas principal, do subsolo do hospital e das câmeras de segurança internas do estacionamento do subsolo, foram encaminhadas para a Polícia Civil.

A assessoria do Hospital Monte Sinai divulgou nota neste sábado sobre a ocorrência. Destacou que presta atendimento aos feridos e colabora com as investigações. “A instituição não pode falar sobre o episódio de violência, pois desconhece o que aconteceu de fato. Mas, até onde se pode julgar, o fato que aconteceu nas dependências do Complexo poderia ter acontecido em qualquer lugar. Prestamos socorro aos feridos e estamos colaborando com as necessidades de investigação da polícia para que tudo seja esclarecido o mais rápido possível”, diz o texto.

Funcionários de um hotel próximo ao hospital onde a ocorrência foi registrada confirmaram ao MGTV que seis policias civis de São Paulo estavam hospedados no estabelecimento desde a última quarta-feira (17). A direção do hotel explicou que não irá se pronunciar sobre o caso.

Após ser velado, o corpo do policial civil Rodrigo Francisco, 37 anos, foi sepultado na tarde deste sábado (20) do Cemitério Municipal. Ele deixa esposa e uma filha de cinco anos.

Fonte: G1 Zona da Mata-TV Integração/Fotos: Augusto Medeiros e Polícia Civil.

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