As polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, em parceria com agentes da MRS Logística, deram início nesta sexta-feira (23) à operação “Migro”, que tem o intuito de fiscalizar a divisa entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, em cidades da região da Zona da Mata mineira.
Postos de fiscalização foram montados nas principais vias de acesso entre os estados, inclusive com a fiscalização do transporte ferroviário. Entre os 22 municípios que fazem divisa estão: Juiz de Fora, Matias Barbosa, Leopoldina, Mar de Espanha, Simão Pereira, Rio Preto, Pirapitinga, Além Paraíba, Eugenópolis, Palmas e Tombos.
Segundo o delegado, a fiscalização é a primeira ação a ser realizada, mas diversas outras operações ainda estão em fase de planejamento.
“O serviço de inteligência está planejando diversas outras operações. Não serão feitas operações todos os dias, mas o monitoramento será realizado 24 horas, sem previsão para acabar”, informou Carlos Roberto.
O assessor de comunicação da 4ª Região de Polícia Militar (PM), que cuida das cidades da Zona da Mata, major Jovânio Campos, informou que o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e o Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) de Belo Horiznte também participam da ação.
Intervenção
O decreto de intervenção no Rio de Janeiro foi assinado pelo presidente Michel Temer (PMDB) na última sexta-feira (16) e prevê que o general do Exército Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar do Leste, seja o interventor no estado. Ele assume até o dia 31 de dezembro de 2018 a responsabilidade do comando da Secretaria de Segurança, Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e do sistema carcerário no estado do Rio.
O comandante-geral da PMMG, coronel Helbert Figueiró de Lourdes, disse na última segunda-feira (19), após reunião em Belo Horizonte com o governador Fernando Pimentel (PT), que a corporação já está adotando medidas preventivas na divisa com o Rio de Janeiro para garantir que, com a intervenção no estado vizinho, haja uma debandada de criminosos para outras regiões.
“É importante frisar que já tivemos outras ocasiões de presença de tropas federais no Rio de Janeiro e que não surtiram nenhum reflexo em Minas Gerais […]. Já desenvolvemos estratégia de reforço e de monitoramento das divisas”, garantiu o coronel.