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O secretário de Saúde de Goianá, Lúcio Alvim, confirmou nesta segunda-feira (15) a morte de um homem, de 44 anos, por febre amarela. O caso estava sendo investigado desde o dia 6 de janeiro, quando a vítima veio a óbito no Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Juiz de Fora. Este é o segundo registro na região em 2018 que já tem o óbito confirmado em Mar de Espanha.

Com essa morte, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que até o momento são 12 casos de febre amarela silvestre em Minas Gerais no período 2017/2018, sendo que 11 evoluíram para óbito. Outros 34 casos continuam em investigação.

De acordo com Alvim, o homem deu entrada na Unidade de Saúde de Goianá no dia 5 de janeiro já em estado grave. Ele foi entubado e encaminhado para o HPS, mas não resistiu e morreu no dia seguinte.

Em contato com a família da vítima, o secretário foi informado que ele apresentava resistência para tomar a vacina e mesmo com os sintomas, que começaram a se manifestar por volta do dia 27 de dezembro, se recusava a procurar auxílio médico. “Todos os membros da família foram vacinados, mas ele não procurou a unidade de saúde para se prevenir. Infelizmente, mesmo com as medidas preventivas que adotamos na cidade, ele veio a óbito”, disse.

Ainda de acordo com Alvim, a suspeita é de que ele tenha contraído a doença durante o trabalho que executava em uma mata fechada, na divisa entre o distrito de Carlos Alves, em São João Nepomuceno, e a cidade de Rio Novo.

Cerca de 80% da população de Goianá já tomou a vacina, que está disponível na Unidade de Saúde, no Centro da cidade, de segunda a sexta, das 8h às 15:30h, e no sábado, das 8h às 15h. “Vamos intensificar ainda mais as ações, com os agentes de saúde percorrendo todas as casas para verificar os cartões de vacina e orientar para a imunização”, informou Alvim.

 

Segundo caso na região

O primeiro caso registrado em 2018 foi em Mar de Espanha. Um homem de 40 anos morreu no dia 4 de janeiro. De acordo com a Coordenadora de Vigilância em Saúde da cidade, Vânia Tostes, as ações preventivas no local onde o homem morava já foram feitas e as medidas de imunização estão em andamento.

“Como confirmou a morte do homem por febre amarela, a gente vai continuar a intensificação da vacina, pois a vacina é o meio mais eficaz de prevenir. Os agentes de endemia vêm fazendo um trabalho diário de casa em casa, tratamento focal, bloqueio em casos suspeitos de dengue, chikungunya e zika e também da febre amarela. E a partir daí a gente vem adotando outras medidas, como os mutirões de limpeza que a gente já faz sistematicamente no município, a gente pede aos moradores para não deixarem lixo acumulado. A população tem que tomar ciência de que a febre amarela está perto das nossas casas e fazer aquele trabalho de limpeza”, destacou.

 

Outros casos sob suspeitas na região

Durante coletiva em Juiz de Fora na última sexta-feira (12), o subsecretário de Saúde de Minas Gerais, Rodrigo Said, já havia informado sobre a suspeita da morte do homem em Goianá por febre amarela.

Casos de macacos encontrados mortos têm se intensificado na região. Na tarde desta segunda-feira, a Prefeitura de Ubá confirmou a morte do primata, que foi encontrado por populares nas proximidades do Bairro Jardim Alves do Vale, no último domingo. Segundo o executivo municipal, todos os protocolos clínicos estão sendo seguidos para o encaminhamento do animal para análise, conforme fluxo informado pela Gerência Regional de Saúde.

Também nesta segunda, Secretaria de Saúde de Juiz de Fora divulgou que três macacos morreram por febre amarela na cidade. Os casos positivos são dos animais encontrados no Bairro Previdenciários, em 2017; e os do Museu Mariano Procópio e de Palmital, ambos neste ano. Os laudos laboratoriais foram recebidos pela Secretaria de Saúde.

Além de Juiz de Fora, já foram confirmadas mortes por febre amarela em macacos nas cidades de Mar de Espanha, Matias Barbosa, Santana do Deserto e Simão Pereira.

De acordo com os dados da Secretaria de Estado de Saúde, de julho de 2017 até o momento, foram 460 epizootias, que são as mortes de macacos, em 114 municípios em Minas Gerais. Em 21 cidades foram confirmadas a febre amarela como a causa, sendo quatro na Zona da Mata. Ainda seguem em investigação as mortes de macacos em Lima Duarte, Pedro Teixeira, Rio Novo, Santos Dumont, Piau e Belmiro Braga.

Fonte: G 1 TV Integração – Zona da Mata.

Foto: Reprodução/internet.