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Injustiça “Trabalhista”

A vergonha nacional não passa apenas pela corrupção e o desmantelamento do Estado Nacional brasileiro. Os costumes, já corroídos por atitudes canalhas generalizadas, agora envolve o não cumprimento da lei, nas questões mais básicas, para qualquer país: a remuneração em dia para os trabalhadores.

O Estado de Minas Gerais está passando por uma crise econômica e financeira sem precedentes. O Governo do Estado, incapaz de gerir adequadamente as contas estaduais chegou ao limite da governabilidade, a ponto de suspender o pagamento do funcionalismo público.

O problema não é apenas do atual governo. O Estado de Minas Gerais, uma das máquinas administrativas mais inchadas do país, notadamente do que tange ao número de cargos comissionados e que não são providos por concurso público, o que se verifica ao longo de décadas, não cuidou adequadamente de sua saúde financeira. E, por consequência, como era de se esperar, a conta estourou.

Pior, a cada novo governo, nada é feito para que o círculo vicioso dos déficits seja vencido. A solução perpassa primeiro pela coragem em reformar. O governante tem esta responsabilidade intrínseca no ato de aplicar com desvelo sua administração: cumprir inexoravelmente com o seu dever.

Entretanto, não é o que vemos na atualidade. Vivemos dias de total descontrole das contas públicas em nosso estado, chegando às raias da irresponsabilidade. O Governador, pessoa mais indicada para liderar um trabalho de reorganização, pelo menos de cumprimento das funções básicas da máquina administrativa, não parece se desincumbir, acertadamente, de suas graves funções. O estado e seus funcionários estão entregues à própria sorte.

E, o pior, a injustiça vem sendo praticada por quem tem o dever de cumpri-la.

O pai e a mãe de família, servidores honestos e dedicados, que cumprem com o seu dever diário de atender às suas tarefas e ao público, estão à mercê da vontade ou da falta de vontade de uns poucos apaniguados que se encerram em coloridos gabinetes palacianos. Vemos diariamente, escancaradamente, a incompetência instalada nos meandros do poder estadual. A subsistência dos servidores e de suas famílias está em sério risco.

Em pleno século XXI, trabalhadores passando dificuldades, por falta de pagamento! O cúmulo da vergonha e da injustiça.

Renovar é preciso e, principalmente, colocar no poder pessoas honestas e corajosas, uma premente necessidade. Para que a justiça seja feita, uma profunda reforma na estrutura governativa do Estado de Minas Gerais e, a primazia, do respeito aos servidores que possuem seus direitos e que precisam ser respeitados, sempre.

Marcelo Cabral, é Procurador do Estado de Minas Gerais.