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Projeto do IF Sudeste Barbacena reduzirá necessidade de intubação de pacientes 

Um projeto de extensão do Instituto Federal Sudeste MG-Campus Barbacena (Ifet-Barbacena), estuda a implementação de um sistema de ventilação não invasivo para diminuir a necessidade de intubação precoce de pacientes com a Covid-19.

O sistema é chamado de “Cápsula Vanessa” e foi desenvolvido por médicos e fisioterapeutas do Instituto Transire em Manaus. O professor do curso de Sistemas para Internet do IF Sudeste, Alexandre Bartoli Monteiro, busca reproduzir a cápsula em hospitais do Campo das Vertentes.

A cápsula concebida pelo Instituto Transire funciona como um envoltório para ventilação não invasiva e é produzida em uma armação leve e resistente formada por canos de PVC, podendo ser manuseada e higienizada facilmente. Ela é revestida por uma película de vinil transparente para uma melhor visualização do paciente e para auxiliar na contenção do contágio.

Em Barbacena, Bartoli tem o objetivo de reproduzir a cápsula com algumas ampliações: serão adicionados sensores e demais tecnologias de forma que o paciente que esteja utilizando o equipamento seja monitorado 24 horas por dia, gerando dados em tempo real para ajudar na tomada de decisão dos profissionais de saúde.

Todas as informações serão disponibilizadas à equipe de saúde por meio de acesso remoto, permitindo o menor nível de contato físico com o paciente. Em uma etapa posterior, será feito o tratamento dos dados, buscando tirar características que permitam estudar o progresso e elaborar modelos de evolução da doença nos pacientes através de técnicas de processamento de sinais e estatísticas.

Segundo o IF Sudeste, por meio desses dados, será possível verificar a hipótese de melhoria no tratamento dos pacientes com Covid-19. Dessa forma, evita a necessidade de intubação endotraqueal e minimiza os riscos de contaminação dos profissionais de saúde que estão na linha de frente no enfrentamento à doença, tanto pela não execução do procedimento de intubação, quanto pela contenção do aerossol que o paciente possa gerar.

“Nossa meta é fornecer equipamentos de qualidade de baixo custo e de forma rápida, ampliando a oferta de tratamento e minimizando a sobrecarga do sistema de saúde nesse momento de pandemia, possibilitando assim que mais vidas possam ser salvas”, ressaltou o professor.

 

‘Cápsula Vanessa’

Segundo o Instituto Transire, o nome ‘Vanessa’ é em homenagem a uma paciente que foi tratada com o novo equipamento.

A construção das cápsulas em Barbacena ocorre a partir do manual técnico disponibilizado gratuitamente pelo Instituto Transire. A adição das implementações de dispositivos serão desenvolvidos pelos profissionais dos laboratórios de eletrônica e informática da IF Sudeste juntamente com alunos bolsistas.

A cápsula, que será construída com materiais leves e de fácil transporte, conterá um display colorido que apresenta visualmente diversas informações do paciente em tempo real. O monitoramento da aplicabilidade em campo será realizado pela equipe de saúde do Hospital da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) com o suporte da equipe técnica dos laboratórios do IF Sudeste.

O projeto de extensão se classificou em 9º lugar no edital nacional de seleção de projetos no combate ao coronavírus e conta com a contribuição da professora do Curso de Enfermagem do Campus Barbacena, Renata Condé e dos professores Filipe Andrade La-Gatta, Leandro Luiz Rezende de Oliveira e Thiago da Silva Castro do Campus Juiz de Fora.

Além do uso no tratamento de doentes por Covid-19, a “Cápsula Vanessa” poderá também ser utilizada no tratamento de outras doenças respiratórias infectocontagiosas, como também por outros doentes em quadros respiratórios diversos.

Fonte: G! Zona da Mata-foto: Felipe Dana/AP

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