Serão cerca de 30 veículos ao custo de R$ 180 mil cada; ainda não há uma data para começaram a circular pela cidade
A Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Turismo de Tiradentes, no Campo das Vertentes, entrega no dia 1º de novembro, às 10h, no Largo das Forras, o protótipo da charrete elétrica, marco fundamental no projeto “Transição da Tração Animal para a Inovação (Protótipo )”. O projeto visa desenvolver soluções sustentáveis e inclusivas para a cidade, preservando o patrimônio cultural e, ao mesmo tempo, protegendo o bem-estar animal, eliminando o uso de veículos de tração animal. Segundo a secretaria, o protótipo não implica substituição imediata das charretes tradicionais, mas inaugura um caminho responsável e participativo para a transição, com foco na sustentabilidade e no respeito às famílias que dependem dessa atividade.
“Com a participação ativa da Associação de Charreteiros de Tiradentes, do Ministério Público e da Prefeitura Municipal, a mudança será planejada com cautela, de forma justa e colaborativa, considerando as necessidades dos trabalhadores locais. O projeto reflete o compromisso da cidade com a abordagem de saúde única, integrando o bem-estar animal, humano e ambiental”, disse Guilherme Pinto de Carvalho, superintendente de Turismo de Tiradentes. O projeto é executado pelo Instituto Arbo (@instituto_arbo) e conta com o apoio do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente e da Coordenadoria Estadual de Defesa Animal do Ministério Público de Minas Gerais, por meio da Plataforma Semente.
As discussões acerca da substituição das charretes sob tração animal por modelos elétricos começaram há cerca dois anos. A proposta era acabar com o sofrimento e maus-tratos impostos aos animais. As charretes de Tiradentes estão sendo fabricadas em Itajubá, no sul de Minas, e serão adaptadas para o calçamento da cidade. Serão 30 unidades com investimentos previstos de aproximadamente R$ 180 mil por charrete. O período para teste do protótipo deve ser de seis meses.
Jericoacoara (CE), Morro de São Paulo e Boipeba (BA), Canoas (RS), Taubaté, Mongaguá e São Roque (SP) e São Lourenço (MG) são casos recentes de municípios brasileiros onde o uso de tração animal (equídeos ou bovinos) para o transporte de cargas ou passeios públicos foi proibido. No Brasil, Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, foi uma das primeiras a colocar fim ao uso da tração animal no transporte de turistas.

Com informações: O Tempo/foto: Verth Tecnologia / Divulgação