Chuva deixa 44 mortos e 19 pessoas estão desaparecidas em Minas Gerais

Número de municípios em situação de emergência passou de 47 para 99 cidades

A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil informou na tarde deste domingo (26/01), que aumentou de 30 para 44 o número de mortes em Minas Gerais em decorrência da chuva, e que o número de desaparecidas passou de 17 para 19. As informações foram repassadas pelo Coordenador Adjunto da Defesa Civil Estadual  através do tenente-coronel Flávio Goldinho, que informou ainda que, o número de cidades em situação de emergência  passou de 47 para 99. Ao todo, 13.877 pessoas estão desalojadas em Minas Gerais, e o número de desabrigados saltou de 911  para 3.354, além de 12 feridos, e 19 pessoas ainda estão desaparecidas.

Até ontem (25/01), segundo a Defesa Civil, nove cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte apresentavam riscos de deslizamentos de terra: Sabará, Rio Acima, Brumadinho, Contagem, Nova Lima, Betim, Ribeirão das Neves e Ibirité, além da própria capital. Em Belo Horizonte, somente na última sexta-feira (24/01) foram registradas 72 ocorrências desse tipo.

Entre a quinta e a sexta-feira, o volume foi o maior registrado desde que teve início o monitoramento, no ano de 1910. A previsão é que a intensidade das chuvas reduza-se a partir deste domingo (26/01). A Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar continuam trabalhando no atendimento de ocorrências tanto de risco geológico (como deslizamentos e soterramentos) quanto de risco hidrológico (como alagamentos e inundações).

Região da Zona da Mata

Na  Região da Zona da Mata, o Governo de Minas Gerais decretou situação de emergência em 13 municípios devido aos transtornos causados pela. A media foi publicada na edição deste domingo (26/01), no Diário Oficial do Governo de Minas.

Estão em situação de emergência na }Zona da Mata, os seguintes municípios: Carangola, Cataguases, Divino, Dores do Turvo, Ervália, Espera Feliz, Guidoval, Muriaé, Patrocínio de Muriaé, Senador Firmino, Tocantins, Ubá e Visconde do Rio Branco.

Entre a noite de sexta-feira (24/01) e a madrugada de ontem  (25/01) a chuva forte que atingiu diversas cidades na Região da Zona da Mata provocou o transbordamento de rios e ruas ficaram alagadas, inundando casas deixando famílias desalojadas e ilhadas.

No decorrer deste período, a Defesa Civil informou que duas pessoas morreram em Divino e Tocantins em decorrência da chuva. Nos municípios de Ubá, Carangola, Divino e Orizânia o transbordamento de rios provocou enchentes que atingiram tanto moradores da área urbana  bem como, na área rural .

Na segunda maior cidade da Zona da Mata, até a manhã de ontem (25/01), haviam diversos pontos de alagamentos na cidade de Ubá provocados pelo transbordamento do Ribeirão Ubá na Avenida Comendador Jacinto S. S.Lima, no bairro Beira-Rio, causando a inundação de toda a avenida e suas pontes.

O nível do Rio Pomba, que corta Ubá, chegou a 8,10 metros e transbordou com a chuva que caiu durante o sábado no município. De acordo com a Defesa Civil de Ubá, na sexta-feira (24/01), foram registrados cerca de 110,8 milímetros de chuva no município em menos de 24h. Moradores de pelo menos cinco bairros ficaram desalojados.

Com a intensidade que a chuva caiu em Carangola, houve o rompimento de açudes de peixes durante a madrugada de sábado, causando inundações em diversos pontos do município além de deixar  pessoas ilhadas. Informações da Defesa Civil Municipal é de que pelo 96 pessoas estavam desalojadas e foram removidas de suas casas, e 32 casas ficaram interditadas.

Já em Divino, a chuva que atingiu o município na noite de sexta-feira(24/01), causou inundações na zona rural e no Centro da cidade. Um morador da comunidade São Pedro de Cima morreu afogado em decorrência  dos  alagamentos ocorridos na localidade, onde também houve quedas de barrancos e de pedras, além do risco de transbordamento da água de uma represa que passou por cima do vazante.

Os acessos à entrada da cidade, através da BR-116 e pela cidade de Carangola ficaram parcialmente interditados por conta de quedas de árvores e alagamentos.

Até o início da noite de sexta-feira (24/01), aproximadamente 108 pessoas haviam ficado desalojadas em Fervedouro, e foram removidas pela Defesa Civil para casa de parentes fora da região ribeirinha.Cerca de 35 casas foram interditadas.

Situação de Emergência

Equipe do Ministério do Desenvolvimento Regional atua em apoio aos trabalhos de resposta às fortes chuvas que atingiram a região metropolitana de Belo Horizonte e o Espírito Santo. Profissionais da Defesa Civil Nacional estão em ambas as localidades para auxiliar na mitigação dos danos humanos e materiais causados pelos desastres.

A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), do Ministério do Desenvolvimento Regional, elevou o status de operação do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) para alerta máximo.

Ontem (25/01), o governo realizou reunião com representantes de diversos órgãos para traçar um plano de ação nos municípios mais afetados pelas chuvas.

Fotos: Portal Miradouro/Renata Miranda-G1/Corpo de Bombeiros/Vinícius da Silva, e redes sociais.

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