Homenagem em comemoração ao Dia das Mães

por: Januário Basílio.

Em um dia dedicado para festar a figura da mãe brasileira, estava eu aqui tentando de alguma forma, não deixar de prestar minhas homenagens um ser humano mais que especial, e que em grande parte dos lares, são sobrecarregados com as tarefas diárias do afazeres domésticos,e que além do trabalho em casa,  também contribuem de forma importante no reforço do orçamento familiar, uma vez que muitas dessas mães também trabalham fora de casa.

Apesar de não ter lembranças de minha saudosa mãe, que faleceu há poucos dias da data em que eu faria três anos de idade, ainda sim, o que mais me da orgulho e um sentimento gosto de quando se fala dela, são os testemunhos de amigos  e de familiares que conviveram com a minha mãe  relatando suas dificuldades enfrentadas para cuidar de 09 filhos. Ainda segundo relatos de vizinhos e familiares, “a Margarida (minha mãe) sempre foi uma pessoa guerreira, lavava trouxas e trouxas de roupas pra fora, realizava  faxinas, e ainda no seu corrido e sacrificado tempo, educava os filhos. ela era muito correta e não gostava das “coisas”. Uma das coisas que lembro da dona Margarida, era ela ariando panelas enfrente a sua casa em um monte de areai para tirar o pó de lenha que escurecia as panelas, pois naquela época a comida era feia em fogão a lenha, e como ela não gostava de vasilhas sujas, passava areia na parte externa das panelas pra deixar elas brilhando”, contou um dos vizinhos. Ainda sobre a minha mãe, segundo relatos de familiares e dos vizinhos mais antigos, Margarida era uma mãe religiosa,  que fazia questões de participar das celebrações religiosas. Dentre inúmeras qualidade desta mãe guerreira, lá estava o seu amor incondicional ao filhos, e se possível fosse e tivesse que corrigir com as chineladas ou mesmo o “corrião de couro”, la estava ela dando umas “palmadinhas”.  Para Margarida, tudo tinha o seu tempo, assim como tempos o tempo e a hora certa para almoçar, e ela não gostava que se atrasasse para o almoço, e logo que todos terminasse de fazer suas refeições, cada um tinha atribuições a fazer: uma lavava a louça, outro varria os terreiros, e assim por diante… “, disse outro morador.

Sabem porque estou contando um pouco da história da minha mãezinha? Porque, apesar de tê-la perdido ainda muito novinho e de ter pouco pra falar pessoalmente sobre o tempo de convívio com ela, ainda sim, me sinto muito honrado de ter duas irmãs (Paulina Basílio e Luiza Basílio) que herdaram as mesmas características e o jeito  de ser e de educar de nossa mãe. Cuidaram e cuidam de mim como se eu fosse filho delas, e também herdaram princípios e valores que nossa mãe nos deixou como de herança. Uma das coisas mais gratificante é quando falam espontaneamente sobre minha mãe, irmãs e irmãos, dizendo que minha família é constituída de irmãos humildes, trabalhadores e dignos, e que tudo isso são consequência de uma educação de qualidade, onde se ensinada de tudo, dentre os quais: humildade, respeito para com as pessoas, gentilezas, valor ao que se tem pois nada tivemos de graça nessa vida, tudo conquistado com muito suor e sacrifício. Talvez seja por isso, que dou valor a tudo e a todos que tenho ao meu redor, porque não vieram de graça, e sim por meio de dedicação, muita dedicação por sinal. Minha mãe faleceu aos 42 anos, e naquela época, eu faria 3 anos de idade.

voltando para o dia de hoje, Dia das mães, procurando em meus pensamentos uma pessoa que pudesse traduzir tudo isso que falei de minha mãe  para representar a figura da mulher barbacenense, escolhi a servidora pública municipal, Roselange da Silva (foto), que trabalha no setor da área de limpeza pública de Barbacena. Tive oportunidade por mais de uma vez conversa com Roselange  desde a vez em que ela foi homenageada no Dia Internacional da Mulher, por indicação do vereador José Jorge Emídio (PDT), durante Sessão Solene promovida pela Câmara Municipal de Barbacena alusiva a data em questão. A simplicidade desta guerreira vai muito mais além do cargo em que ela ocupa em seu digno trabalho, o qual faz com amor e feliz. A educação e o jeito muito espontâneo de ser demonstram princípio e valores, assim como são seus familiares. Durante conversas com seus colegas de trabalho e fora de sua presença, todos, sem exceção, falaram das qualidades de Roselange, e dentre os comentários, aquilo que eu já havia percebido: uma mulher batalhadora e muito presente na educação de seus filhos, mesmo com as dificuldades, ela sempre coloca sua família em primeiro lugar. Um ser humano fantástico e que muito nos orgulha prestar esta homenagem a qual tenho a certeza de que as mulheres de Barbacena estarão muito bem representada e homenageadas.

Que Deus abençoe as mulheres de nossas cidades, onde cada uma delas, ajudam na construção de uma lar e de uma família sólida e unida. Parabéns pelo dia de cada uma de vocês.