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Produtores de rosas da região buscam alternativas após redução de vendas

Com restrições para realizações de eventos por causa da pandemia, produtores direcionam o cultivo para floriculturas e consumidor final. Outros alternam com cultivos de plantas ornamentais e até verduras.

Após um ano de pandemia de Covid-19 no Brasil, os produtores de flores no Campo das Vertentes seguem enfrentando uma crise no setor com o cancelamento de eventos, como casamentos e formaturas. Para continuar na atividade, muitos fornecedores tiveram que mudar e diminuir a produção de rosas, espécie mais cultivada e tradicional de vendas na região.

O presidente do Sindicato Rural de Barbacena, Renato Laguardia, explicou que desde o início da pandemia muitos produtores tiveram que sair do ramo. O motivo é que, tradicionalmente, a maior parte das rosas era vendida para decoração de pequenas e médias cerimônias em todo o Brasil.

“Parte dos produtores saíram da atividade mesmo. Demitiram 20, 30 empregados, alguns venderam lotes, carros e até casa para continuar se mantendo e ter uma possibilidade de continuar nessa parte da profissão de floricultura”, contou Renato.

De acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), em 2020, a demanda do setor de floricultura teve uma queda de 20% em comparação com 2019. Sem perspectiva de eventos, os produtores tiveram que mudar e direcionar a maior parte da produção de rosas para a venda em floriculturas e para o consumidor final.

 

Reduções

O produtor Mário Raimundo tem um sítio próximo à BR-040 em Alfredo Vasconcelos. Antes da pandemia, ele produzia outras flores e folhagens, mas teve que abandonar mais de um hectare de produção para continuar apenas com a plantação de rosas.

“Hoje nossa produção está invertida: 80% nas mãos das floriculturas e 20% para pequenas decorações, mas com isso estamos conseguindo atravessar as crises”, explicou Raimundo.

Em 2020, o reportagem mostrou que parte dessas flores foram entregues como homenagem à profissionais de saúde de hospitais de Barbacena.

Mesmo assim, houve redução nesta plantação. Antes, segundo Mário, eram cerca de 12 mil dúzias produzidas por mês. Em 2021, são cerca de 4 mil. Com isso, o número de funcionários também teve que ser reduzido e ele demitiu 15 trabalhadores.

Mesmo com a redução na produção, Mário disse que ainda há descarte de rosas.

 

Alternativas

Com essa mudança no perfil de vendas das flores, produtores em Minas Gerais estão buscando alternativas como cultivo de plantas ornamentais e verduras.

Segundo o diretor do Ibraflor, Renato Obptiz, essa mudança no perfil do consumidor ocorre em meio ao isolamento social e mais tempo dentro de casa. O setor de plantas ornamentais, vasos e acessórios para jardinagem cresceu 10% em 2020 em comparação com 2019.

“Trabalhando em casa e sem condições para viajar, os consumidores acabaram ficando mais tempo em casa e a gente percebeu que o consumidor deixou o ambiente mais florido e isso criou uma nova demanda e um novo mercado mais interessante”, finalizou.

Fonte: G1 Zona da Mata/foto: PMB.

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