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O Shopping Uai, localizado no Centro de Belo Horizonte, pode entrar em breve para a lista de centros de compras que oferecem serviços fora do convencional. Um projeto de readequação do espaço tem como objetivo transformar uma academia desativada, no quarto andar, em acomodações para que prostitutas possam trabalhar. A iniciativa é do proprietário do empreendimento, Elias Tergilene, de 45 anos. O empresário também prevê a criação de uma sauna voltada para o público gay, além de áreas destinadas para outras atividades.

O empresário Tergilene contou que a ideia surgiu diante de reivindicações das próprias prostitutas. Como o shopping popular já abriu as portas para elas em diversas ocasiões, o administrador passou a pensar em como ajudá-las. “O shopping está aberto para as prostitutas há bastante tempo. Lá acontece o Miss Prostituta e um curso de idiomas no qual as meninas aprendem inglês”, disse. “Exposições do Museu do Sexo e campanhas de vacinação direcionadas a elas também já ocorreram no Uai”, explica. “O projeto faz parte dessa acolhida”, comenta.

Segundo Elias, a implementação de 55 quartos no andar mais alto do shopping, assim como a sauna, vão ser levados para análises por parte da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). O empresário também quer que o projeto seja submetido a avaliações de órgãos como o Ministério Público e de entidades ligadas aos Direitos Humanos. “Pretendemos fazer tudo da maneira mais correta. Queremos oferecer segurança, higiene e boas acomodações para as meninas”, disse.

“Eu alugo espaços no shopping para todo mundo, sem fazer distinções, então posso alugar para as prostitutas, para os gays. O Uai é um shopping sem preconceitos”, diz. “Também estudamos a possibilidade de levar uma delegacia de atendimento especializado à mulher e um centro de referência para pessoas em vulnerabilidade para o shopping”, conta. “É mais do que transformar o Uai em um prostíbulo, como muita gente pode pensar e sair falando por ai”, frisa.

Comerciantes resistem

Ainda de acordo com Tergilene, comerciantes que trabalham atualmente no Shopping Uai já foram notificados sobre os planos para o futuro do empreendimento. E o próprio empresário admite que houve resistência por parte deles. “Quem discordar que saia do shopping, é muito simples. Pode meter o pé”, diz enfático sobre os lojistas que se declararem contrários à proposta.

“Grande parte dos comerciantes do Uai já foram camelôs e também sofriam preconceito. As prostitutas almoçam no shopping, fazem diversas coisas lá e gastam dinheiro. Seria uma hipocrisia muito grande se posicionar contra. O dinheiro delas é igual ao da maioria das pessoas e elas não são?”, questiona.

Fonte: Site BHAZ