Sindicato questiona demissões na UFSJ com orçamento maior do que o de 2023

Nesta quarta (28) o Sindicato de Docentes da Universidade Federal de São João del Rei  (ADUFSJ – Seção Sindical) emitiu uma nota questionando as demissões de trabalhadores terceirizados que estão acontecendo na (UFSJ).  O principal questionamento do Sindicato é o porquê das demissões, tendo em vista que, segundo relatório do Observatório do Conhecimento, o orçamento da universidade para 2024 é maior que o de 2023.

Em coletiva realizada no dia 7 de fevereiro de 2024, a reitoria da UFSJ anunciou um déficit no orçamento e informou que haveria restrição de contratos e cortes de terceirizados em todos os campi. No entanto, não foram informados o quantitativo de demissões e nem prazos para realização das mesmas.

Na sexta (23) a diretoria da ADUFSJ – Seção Sindical se reuniu com a reitoria da UFSJ para discutir o assunto. No entanto, as respostas para a questão das demissões foram consideradas não satisfatórias. Diante disso, a ADUFSJ – Seção Sindical, o Sinds-UFSJ e o DCE vão se reunir em assembleia unificada na próxima terça (5) para discutir como questionar e reverter as medidas tomadas pela reitoria.

 

Confira a nota completa:

A diretoria da ADUFSJ vem empenhando todos os esforços na tentativa de compreender as circunstâncias da decisão da reitoria em demitir trabalhadoras e trabalhadores terceirizados. Segundo dados do Observatório do Conhecimento, o orçamento de 2024 é até um pouco maior do que o do ano passado. Então, por que essa demissão em massa está acontecendo nesse momento e dessa forma desumanizada?

Não temos resposta da reitoria a essa questão.

Somos solidários àquelas e àqueles que perdem seus empregos e também à quem terá  sua jornada de trabalho intensificada. A precarização das condições de trabalho afeta o setor técnico (dos serviços de limpeza e administrativo), mas amplia também a sobrecarga de trabalho dos técnicos efetivos e de docentes, que dedicam cada vez mais tempo de sua jornada às atividades que desviam do ensino, da pesquisa e da extensão. Também atinge estudantes ao reduzir os quadros de atendimento nas coordenadorias de curso.

A UFSJ tem o segundo pior RAT (relação de alunos/técnicos) do Brasil. Isso está evidente nas dificuldades dos fluxos da universidade. Está evidente ainda no adoecimento causado pelas rotinas extenuantes de trabalho que se ampliaram com a incorporação de tecnologias de trabalho remoto durante a pandemia. A demissão dos terceirizados só fará piorar as condições de trabalho dentro da universidade.

Por isso, diante do silêncio da reitoria em trazer justificativas razoáveis para essas demissões, convocamos nossa base a se mobilizar nesse momento. Na próxima terça-feira (05) faremos uma assembleia unificada ADUFSJ, SINDS e DCE para articularmos ações que questionem e revertam as medidas tomadas.

Fonte: Diretoria/ADUFSJ.

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