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Rosas azuis produzidas em Antônio Carlos ganham o mercado brasileiro

Um processo que une pesquisa, inovação e produção artesanal. É desta forma que as rosas – originalmente do tipo vania, na coloração rosa claro – ganham diversos tons de azul escuro pelas mãos de Tiago Shima, produtor e agricultor em Antônio Carlos, no Campo das Vertentes.

A coloração, derivada de um corante holandês na cor dark blue, é atingida após um processo que dura 48 horas por haste de rosa. Em entrevista ao G1, Tiago explica que a produção começou há cerca de um mês e ideia surgiu após perceber as quedas nos preços das flores.

“No período de outubro a março, que é o de primavera e verão, o preço cai muito pela alta produção de flores em geral. Percebemos que tingindo a rosa de azul, entramos num nicho específico e agregamos valor”, afirma o produtor.

 

O processo

Antes de começar a vender, Tiago realizou pesquisas e testagens por cerca de um mês e meio. O procedimento ocorre de forma manual.

“Pegamos as hastes e cortamos dois centímetros. Preparamos a solução com o corante e deixamos as rosas nessa mistura por cerca de dois dias, depois colocamos na água”, explica.

Por conta disso, cada rosa tem um detalhe diferente, como explica o produtor, já que algumas podem puxar mais tintas do que outras, criando novas nuances de azul. Depois de prontas, as rosas são transportadas semanalmente de Antônio Carlos para Holambra, no interior de São Paulo, conhecida como capital das flores.

Tiago e seus 35 colaboradores fazem parte da Cooperflora, cooperativa referência em flores de corte situada em Holambra. A partir de lá, as rosas azuis são vendidas para atacadistas de diferentes partes do país, que buscam nas flores do Campo das Vertentes o diferencial na hora da venda.

A margem de lucro também é maior. Por ser um nicho específico, a unidade da rosa azul custa R$1 durante o período de outubro a março, enquanto as rosas de cores naturais variam entre cinquenta centavos.

A produção média das rosas é de 2 mil hastes por semana, mas pode variar segundo a demanda, como Tiago conta. “Neste mês que vai entrar é comemorado o Novembro Azul, onde podemos ter mais encomendas. Um decorador pode pedir mais arranjos para um casamento ou um evento, e aumentamos o número de produção.”, finaliza o produtor.

Fonte: G1 Zona da Mata/Fotos: Tiago Shima.

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