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BARBACENA REÚNE CENTENAS DE FIÉIS PARA CELEBRAR A MEMÓRIA DA BEATA ISABEL CRISTINA

Centenas de fiéis se reuniram em Barbacena, ao longo de toda sexta-feira (1º/09), para celebrar pela primeira vez a memória da Beata Isabel Cristina Mrad Campos. Durante o dia, seis missas foram rezadas na Capela que, futuramente, será dedicada à Virgem e Mártir barbacenense.

Abrindo as celebrações do dia, o Bispo Diocesano de São João del-Rei e Referencial para a Juventude no Regional Leste 2, Dom José Eudes Campos do Nascimento, presidiu a primeira missa em memória da Beata, às 7h. “Cada um de nós, hoje, queremos, ao olhar, para a Beata Isabel Cristina Mrad Campos reconhecer todo o seu martírio, toda a sua vida”, disse, falando que muitos dos presentes deveriam recordar do 1º de setembro de 1982, data do assassinato da estudante.

Em sua homilia, o prelado destacou a alegria em presidir a celebração, definida por ele como um marco. Vale lembrar que Dom Eudes, que também é natural de Barbacena, conheceu a jovem quando trabalhava em um cursinho que ela estudava. Desse período, em vídeo divulgado no site da Diocese de São João del-Rei, ele recordou que a Virgem e Mártir era uma “jovem atenta, disponível, acolhedora a todas as pessoas” e que tinha “alegria em acolher e amparar a todas as pessoas”.

Essa Missa, de modo especial, contou com a participação especial dos integrantes da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP), movimento ao qual os pais de Isabel Cristina faziam parte e que ela recebeu e seguiu a inspiração vicentina. “Que bom poder celebrar, junto à família vicentina, essa celebração na caridade, no amor aos pobres e aos mais necessitados. Foi [isso] o que fazia Isabel Cristina Mrad Campos na sua entrega ao serviço do reino, auxiliando e amparando os mais necessitados, vivendo, assim, o exemplo dos seus pais”, acrescentou Dom Eudes.

A segunda celebração do dia, às 9h, foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos. Em sua pregação, ele explicou que somente as Arquidioceses de Mariana e Juiz de Fora, territórios onde a Beata, respectivamente, nasceu e sofreu o martírio, estão autorizadas pela Santa Sé a celebrar essa memória litúrgica e propagar o culto publicamente.

Na reflexão do Evangelho, Dom Airton destacou que a liturgia de hoje convida a cada um de nós a seguir o caminho da santidade, como feito por Isabel Cristina. “Precisamos trilhar o caminho da santidade, da oração, do compromisso com Deus, da vida sacramental, da solidariedade com os que mais sofrem e da presença amiga no meio das pessoas para sermos uma transparência do amor de Deus para com todos”, frisou.

Ele também retornou à primeira leitura, do livro de Apocalipse, que fala sobre os mártires, para ressaltar que, para os que creem e buscam a santidade, tudo é começo, nada é o fim: “Não podemos ter medo! Não podemos ter medo de Deus!”, afirmou.

Por fim, o Arcebispo Metropolitano de Mariana expressou seu contentamento em celebrar essa data: “nos alegremos nesse dia de hoje, em que celebramos o martírio da nossa Beata Isabel Cristina. 1º de setembro é o dia do seu martírio, ou seja, do seu nascimento para Deus […] entregando a sua vida por amor a Deus e por amor aos valores do Evangelho”.

A Beata Isabel Cristina nasceu em uma família com descendência libanesa. Por essa razão, uma missa em rito maronita foi realizada, às 12h, pelo Bispo Referencial para o Rito Maronita no Brasil, Dom Edgard Mardi. A celebração contou com a participação expressiva da comunidade libanesa e seus descendentes, incluindo o irmão da Virgem e Mártir, Paulo Roberto Mrad Campos.

Ainda, outras duas celebrações foram realizadas antes do encerramento da festa: às 15h, presidida pelo Bispo Emérito de Oliveira (MG), Dom Francisco Barroso Filho, e às 17h, pelo Padre Sebastião Cesar Moreira, OCS.

A celebração da memória da Beata Isabel Cristina foi concluída com Missa presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, às 19h, seguida da procissão luminosa.

Em todos os horários, a Capela estava repleta de fiéis participando ativamente e com muita piedade das celebrações. Para o jovem João Vitor Sansoni, 15 anos, Paróquia Sant’Ana, em Carandaí (MG), “participar da festa em honra à Beata Isabel Cristina, que foi jovem leiga de muita fé, é uma experiência enriquecedora para mim e para todos os jovens. Ela nos mostra em sua história que a vida de santidade é para todos, uma oportunidade de nos conectarmos com toda a história dela, tornando-a um modelo de fé para todos nós, jovens. Uma Beata cuja vida e virtudes ressoam com os nossos próprios desafios e valores”.

Devota da Beata Isabel Cristina desde 2020, quando o Papa Francisco reconheceu o seu martírio, a jovem Ana Clara Julio Barros, 18, também de Carandaí, disse que “é um momento de graça poder celebrar sua festa e compreender que, tudo o que ela viveu, a fez estar ao lado de Cristo, nos altares da Igreja. É uma alegria celebrar um exemplo de jovem, mulher e cristã”.

Para Ana Clara, a história de Isabel Cristina é uma inspiração, pois, mesmo sendo tão jovem, ela foi capaz de doar sua vida por Cristo. “Muitas vezes achamos que não é possível viver nossa juventude seguindo a Deus, porém Isabel veio para nos mostrar que a alegria de ser jovem está, justamente, em viver o que Ele prega. Minha devoção pela Beata surgiu por isso, pelo desejo de aproveitar ao máximo minha juventude servindo a Cristo, tendo a certeza de que Ele é o verdadeiro sentido da vida e, assim como ela, permitir que Cristo renasça a todo momento em meu coração”, declarou.

Fonte: Arquidiocese de Mariana/fotos: Januário Basílio.