Eleições 2022: Barbacena e cidades da região vão usar novo modelo de urna eletrônica
Um novo modelo de urna eletrônica será utilizado em algumas das principais cidades do Campo das Vertentes nas Eleições 2022. A informação foi divulgada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) nesta quinta-feira (14).
De acordo com a divulgação, o modelo UE2020 será usado em Alto Rio Doce, Barbacena, Carandaí e São João del Rei. Considerada “mais moderna, mais rápida, com visual diferente e ainda mais segura”, a nova urna será usada pelo eleitorado de 68 municípios mineiros.
Para definição das cidades, o TRE-MG levou em consideração a logística de distribuição dos equipamentos e a proximidade da sede, localizada em Belo Horizonte, o que possibilita um suporte mais rápido às zonas eleitorais.
Durante a apresentação da nova urna à imprensa, o desembargador Maurício Soares, presidente do TRE-MG, destacou que “o apoio dos veículos de comunicação é fundamental para repassar informações corretas sobre o processo eleitoral à população”.
Soares também ressaltou que as inovações trazidas com o novo modelo mostram o empenho constante da Justiça Eleitoral em aprimorar a urna e a segurança do processo eletrônico de votação.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) voltou a ressaltar que as urnas eletrônicas não se conectam a nenhum tipo de rede, internet ou bluetooth. Dessa forma, para que fosse possível fraudar o equipamento, seria necessário superar mais de 30 barreiras de proteção.
“A urna utiliza o que há de mais moderno em termos de criptografia, assinatura e resumo digitais. Tudo isso garante que somente o sistema desenvolvido pelo TSE e certificado pela Justiça Eleitoral seja executado nos equipamentos”, informou.
A votação eletrônica começou no Brasil em 1996. Desde então, a Justiça Eleitoral também adquiriu urnas nos anos de 1998, 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2009, 2010, 2011, 2013, 2015 e 2020.
Urna eletrônica modelo UE2020
A nova urna tem um visual um pouco diferente dos modelos anteriores. O teclado fica abaixo da tela, e não mais ao lado. A tela conta com maior qualidade de vídeo, o que melhora a visualização de informações e fotos para o eleitor.
Além disso, o terminal do mesário não tem mais teclado físico. Na nova urna, ele tem tela sensível ao toque (touchscreen), como em smartphones.
Quanto ao funcionamento da nova urna eletrônica, o processador é 18 vezes mais rápido que o modelo anterior, e a bateria terá duração por toda a vida útil da urna (10 a 12 anos), o que vai reduzir os custos de manutenção.
O modelo UE2020 conta com algoritmo criptográfico dos mais apurados atualmente disponíveis e tem certificação pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP Brasil).
Um laboratório certificado pelo Instituto Nacional de Pesos e Medidas (Inmetro) fez uma avaliação do programa embarcado e do código-fonte e verificou que eles atendem plenamente aos requisitos do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI).
O que não muda
A nova urna eletrônica é mais ágil e segura, mas várias características da urna e do sistema eletrônico de votação, já disponíveis anteriormente, foram mantidas, garantindo a segurança do processo eleitoral.
-As urnas eletrônicas não se conectam a nenhum tipo de rede, internet ou bluetooth.
-Uso do que há de mais moderno em termos de criptografia, assinatura e resumo digitais, garantindo que somente o sistema e programas desenvolvidos pelo TSE e certificados pela Justiça Eleitoral (JE) sejam executados nos equipamentos.
-Possibilidade de auditoria das urnas, antes, durante e após a votação, pelos partidos e instituições fiscalizadoras que integram a Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e pela sociedade em geral.
-Impressão da zerésima (comprovante que mostra que, no início da votação, não há voto registrado na urna para nenhuma candidatura).
-Emissão dos Boletins de Urna (BUs) logo após o término da votação, com a distribuição de cópias aos partidos e a afixação do BU em cada seção eleitoral para quem quiser comparar com os dados divulgados no Portal do TSE.
-As urnas continuam contando com o Registro Digital do Voto (RDV). Nele, as informações sobre os votos são embaralhadas em uma tabela que assegura o sigilo da votação.
Fonte: G1 Zona da Mata/foto: Januário Basílio.
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