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Levantamento do MP aponta mais de 700 peças sacras perdidas em Minas Gerais

Obras fazem parte do acervo histórico de cultural do estado; exposição sobre acervo fica na capital mineira de 16 a 31 de agosto.

Minas Gerais é o estado brasileiro com o maior número de bens protegidos de reconhecido valor cultural, segundo a Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico (CPPC). Grande parte deles constitui o “patrimônio sacro”, composto por bens da Igreja, considerados referências da história de uma população e de um lugar. Entretanto, 734 destas peças foram furtadas de igrejas, capelas e museus, de acordo com o banco de dados do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

A coordenadoria explicou que o banco é muito completo, mas o número pode ser ainda maior, uma vez que muitos objetos já vêm sendo desviados desde antes do século XVIII. Nova Era, Ouro Preto e Tiradentes, na Região Central do estado, são as cidades com maior registro deste tipo de furto.

Voluntário da Matriz de São José da Lagoa em Nova Era, Elvécio Eustáquio da Silva, de 73 anos, ainda se lembra de quando cerca de 50 peças foram levadas da paróquia, em 2003.

“Eu cheguei na igreja e fui surpreendido. Não vi a imagem de Nossa Senhora do Rosário e várias outras. Essa foi recuperada através de uma denúncia anônima, mas todas são valiosas e faziam parte de um acervo que ilustra todo o processo histórico e cultural da comunidade. Nós ainda temos esperança que um dia esses artefatos possam ser devolvidos”, contou.

Qualquer informação sobre os bens sacros desaparecidos de cidades mineiras, deve ser comunicada aos órgãos competentes, como CPPC, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) e Polícia Militar (PM).

 

Exposição “Em Busca do Patrimônio Perdido”

Diante dessa necessidade de identificar, localizar e recuperar estes bens desaparecidos, o MPMG produziu a exposição “Em Busca do Patrimônio Perdido”. Nesta quinta-feira (16), a mostra chega à Estação Central, na Praça Rui Barbosa (Praça da Estação), no Centro da capital mineira, e ficará lá até o dia 31 de agosto.

O projeto, que já esteve em Ouro Preto e Conselheiro Lafaiete, apresenta 22 painéis e totens informativos com fotos dos bens perdidos.

A exposição vai ficar no espaço “Trem com arte”, perto da escadaria que dá acesso à plataforma, e pode ser visitada todos os dias da semana, das 5h40 às 23h. A entrada é gratuita.

Foto: Peça de São Sebastião furtada da Igreja Matriz de Santo Antônio, datada do século XVIII ( Ministério Público/Divulgação).

Texto: G1 TV Globo Minas