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A história de superação de Ildéa Silva Matos, 66 anos, começou durante ao banho quando  ela percebeu um caroço em uma de suas mamas, se aproximou-se para frente de um espelho e percebeu que o “bico do seios” estava afundado, “naquele momento eu não tive dúvidas de que era câncer, lembro  bem de uma reportagem com o Dr. Drauzio Varella (médico na área de oncologia), em que ele relatava a forma de como detectar o nódulo nos seios e que um destes sintomas era o bico pra dentro, desde que realizei o toque massageando a mama frente ao espelho eu já não tive mais dúvidas de que era um câncer. Olhei em direção a imagem de Cristo que tenho em casa e disse: eu não vou morrer, se a minha mãe chegou aos 97 anos eu também vou chegar até essa idade,” relatou Ildea.

Temendo a reação de familiares em provocar um momento de muito tristeza em decorrência da notícia sobre a doença, ela foi cuidadosamente falando  sobre o assunto,  mostrando-se  sempre muito forte e certa de sua decisão em lutar pela sua sobrevivência, os familiares  tiveram conhecimento sobre o fato ocorrido.” Naquele momento eu recebi o apoio de toda a minha família, e  que sempre me ampararam e nunca me abandonaram. Foi este gestos que me alimentou ainda mais, pois tinha a certeza de que eles me apoiaram e que estariam sempre ao meu lado pra me amparar se fosse necessário,’explanou Deia, forma carinhosa de como os amigos e familiares se dirigem a sua pessoa.

Quando passou pelo primeiro médico, o mesmo sugeriu a retirada de uma das mamas para que a doença não se espalha-se pelo corpo, mas ildea foi firme e não aceitou que fosse retirada a mama. Procurou um outro oncologista que a encaminhou no dia seguinte para começar a quimioterapia, e  que duraria por um período de mais ou menos dois anos. Após este tempo, ela foi realizar o processo cirúrgico para a retirada do nódulo, durante procedimentos anti-cirúrgico, foi constatado que o câncer  estava alojado no pulmão e que o mesmo já havia se espalhado por outros órgãos. “Este foi o momento em que fiquei muito fragilizada, ainda mais, quando vi que a minha família tava toda ali perto,  cheguei a pensar por alguns instantes de que seria o momento final da minha vida. Eu pedia para Deus não deixar eu morrer pois queria viver muito ainda,” comentou emocionada Ildea Matos,  que teve parte da mama, do pulmão e de outros órgãos retirados para evitar o avanço da doença.

Depois de um certo tempo  ela retornou ao médico para avaliação, momento em que os exames não apontaram a existência de câncer, sendo declarada curada da doença.

‘Sei que não foi fácil passar por este longo caminho que é crucial na vida de uma pessoa. para não ficar pensando em coisas que me deixavam  triste eu passei a fazer artesanato, bordava panos de pratos, aproveita garrafas e copos de vidros para pintar e desenhar neles, isso me preenchia de uma certa forma e com isso não sobrava tempo para ficar aborrecida.

Um momento de grande emoção por qual ela passou durante o tratamento, foi a de sua ida ao Mineirão, no clássico em que jogava Cruzeiro x  Atlético. Neste dia, ela havia recebido a orientação do médico para que evitasse locais com grandes aglomerações de pessoas para que ela não passasse mal. Cruzeirense de carteirinha, de fazer a questão em assistir todos os jogos do seu time pela tv, Ildea não pensou duas vezes em aceitar o convites da torcida da Máfia Azul de Barbacena, a qual ela participa e é tratada sempre cercada de muito carinho e respeito pelos membros da torcida, embarco no ônibus, colocou uma máscara no rosto para evitar passar mal, e partiu rumo ao Mineirão ver o seu time do coração jogar. Sempre cercada de muito mimos pela torcida, os amigos conseguiram um lugar na arquibancada de destaque, pois ela não sabia da surpresa que a esperava, é que os membros da máfia azul de Barbacena haviam comunicado há uma equipe de tv de que ela estava com câncer e assentada em um determinado local da arquibancada. E não é que as câmeras flagraram a ‘vovó” (forma pelo qual  a Ildea é carinhosamente chamada pela torcida) na arquibancada e que as  imagens foram para em diversos telões espalhados pelo campo, com direto a ser ovacionada por toda a torcida da Máfia Azul que estavam reunidas naquele dia do jogo, e que com gritos e brados  eles emanavam energias positivas dizendo: “Força vovó, força vovó”. “Foi um dos momentos mais lindo que tive  durante todo o processo de luta contra o câncer, é que além dos brados da torcida, meu filho que estava no interior de São Paulo assistindo ao jogo pela tv, me viu passar na telinha e ainda me ligou pra dizer que estava me vendo na tv, foi um momento de muita emoção pra mim naquele dia. Tudo proporcionado por grande amigos que tenho que jamais me abandonaram. Afinal de contas, é na horas das lutas e dos desafios que você percebe quem são os seus amigos” relatou Ildea.

Ildea, hoje totalmente curada, continua a fazer os artesanatos e ainda participa do Grupo de palhaços Clowns do IVERT. que utiliza de forma lúdica, a importância da preservação do meio ambiente, realizando apresentações em diversas escolas, creches e hospitais da cidade e região.

 

Artesanato realizados por Ildea Silva Matos.